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Arquitetos: DMDV arquitetos
- Ano: 2019
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Fotografias:Nelson Kon
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Fabricantes: Hunter Douglas, Arkos
Descrição enviada pela equipe de projeto. Localizado na Cidade de Deus, sede do Banco Bradesco em Osasco/SP, o projeto tem como objetivo atender a demanda por espaços de alimentação e serviços. Com uma população de aproximadamente 12 mil funcionários e diversos edifícios administrativos, a sede da instituição não contava com espaços voltados para tais usos.
A primeira análise realizada buscou identificar possíveis áreas para a implantação desses espaços, que deveriam ser modulares e flexíveis. Um ponto de atenção colocado pelo banco foi a alta demanda por vagas de estacionamento. Optou-se, portanto, pela implantação nas áreas remanescentes, de modo a não reduzir o número de vagas para veículos e com o objetivo de preservar ao máximo a massa arbórea existente. Outra premissa importante considerada foi a de implantá-los de acordo com a densidade populacional das edificações do entorno.
O partido do projeto segue a premissa de uma ocupação do terreno de maneira sutil, aproveitando-se da topografia existente assim como da vegetação presente no local. Os módulos configuram-se como grandes pavilhões metálicos, elevados do solo, com áreas de circulação avarandadas por todo o seu perímetro. As áreas de apoio como cozinhas, depósitos e sanitários são opacas, fechadas com placas metálicas perfuradas que configuram um desenho de silhuetas das árvores, mimetizando a sombra da vegetação de grande porte existente. As demais áreas ora recebem fechamento em vidro, ora são abertas, integrando-se visualmente com as áreas verdes do entorno. Sua cobertura é composta por uma camada vegetal, integrando-se ainda mais ao sítio, contribuindo para o conforto térmico e minimizando problemas de calhas e captações de águas pluviais.
Foram definidas três áreas para a implantação de quatro módulos. A primeira abriga os módulos 1 e 2 que atendem cerca de 70% da população do local. Localizado em um terreno de topografia irregular, o módulo 1 apresenta-se na cota mais baixa e abriga um programa de pequenos serviços como lavanderias, sapatarias, cabeleireiros e café. Sua cobertura é utilizada como espaço de estar e um núcleo de circulação vertical o conecta com a cota mais baixa do terreno. Uma passarela faz sua ligação com o módulo 2, assim como uma grande arquibancada externa. O módulo 2 contempla áreas para restaurantes com espaços avarandados. Um grande vazio interno integra o edifício à vegetação do local.
O módulo 3 implanta-se na área do setor esportivo da sede da instituição. Voltado para as piscinas e quadras do complexo, o edifício abriga uma lanchonete no térreo e uma academia com capacidade para atender 1.500 usuários. Sua geometria irregular trapezoidal gera um balanço que marca a entrada do edifício. Brises metálicos de chapa perfurada auxiliam a incidência da insolação da face oeste assim como possibilitam a desejável vista ao complexo esportivo.
Já o módulo 4 estende-se sobre um terreno linear, porém de topografia irregular. Para garantir a manutenção da vegetação foram consideradas diversas aberturas no pavilhão de modo a distribuir o programa nas clareiras existentes. A declividade do sítio na extremidade possibilitou a configuração de um platô meio nível abaixo do restante da edificação. Optou-se por manter a cota da cobertura, configurando um espaço com pé direito mais alto conectado ao restante do pavilhão através de uma rampa em meio à vegetação. O programa contempla restaurantes, cafés, drogaria, lavanderia e um minimercado.